16/03/17

Esperança Azul

     
     Estava já preparada para mergulhar, observando a imensidão do oceano. Tinha sido recrutada para uma expedição marítima e não podia estar mais excitada. Achava que não ia ser fácil encontrar algo, mas as minhas expectativas eram bastante elevadas. Afinal, apenas 5% dos nossos oceanos são conhecidos.
     Após uma breve conversa com o nosso chefe, foi-nos permitido mergulhar. Eu e os meus colegas saltámos do barco e deixámos que a calma do mar nos rodeasse. Sempre gostei de nadar, é tão libertador.
     Deixei que o meu corpo de habituasse ao novo ambiente e observei o que se encontrava ali comigo, debaixo de água. Estávamos mesmo junto à Grande Barreira de Coral e a diversidade era enorme. Os peixes riscados nadavam pelo meio do arco-íris de corais e ao longe via-se um tubarão. Fui descendo e vi os meus colegas à volta de um objeto. Não consegui identificá-lo, mas, assim que me aproximei, reconheci-o como o mastro de um barco. Apressei-me até à superfície, onde contei sobre o nosso achado.
     Voltando ao fundo do mar, começámos a desenterrá-lo e, quatro meses depois, tudo o que pertencia àquele barco já tinha sido retirado para terra.
     Batizámo-lo de “Hope” (“Esperança”) para que as pessoas percebam que ainda não conhecem a Terra e que antes de tentarem descobrir novos mundos pelo universo fora, deveriam concentrar-se no nosso planeta, que tantas coisas tem para oferecer que continuam por aí enterradas.

Inês Alves, 9ºA

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