Estava já preparada para mergulhar,
observando a imensidão do oceano. Tinha sido recrutada para uma expedição
marítima e não podia estar mais excitada. Achava que não ia ser fácil encontrar
algo, mas as minhas expectativas eram bastante elevadas. Afinal, apenas 5% dos
nossos oceanos são conhecidos.
Após
uma breve conversa com o nosso chefe, foi-nos permitido mergulhar. Eu e os meus
colegas saltámos do barco e deixámos que a calma do mar nos rodeasse. Sempre
gostei de nadar, é tão libertador.
Deixei
que o meu corpo de habituasse ao novo ambiente e observei o que se encontrava
ali comigo, debaixo de água. Estávamos mesmo junto à Grande Barreira de Coral e
a diversidade era enorme. Os peixes riscados nadavam pelo meio do arco-íris de
corais e ao longe via-se um tubarão. Fui
descendo e vi os meus colegas à volta de um objeto. Não consegui
identificá-lo, mas, assim que me aproximei, reconheci-o como o mastro de um
barco. Apressei-me até à superfície, onde contei sobre o nosso achado.
Voltando
ao fundo do mar, começámos a desenterrá-lo e, quatro meses depois, tudo o que
pertencia àquele barco já tinha sido retirado para terra.
Batizámo-lo
de “Hope” (“Esperança”) para que as pessoas percebam que ainda não conhecem a
Terra e que antes de tentarem descobrir novos mundos pelo universo fora,
deveriam concentrar-se no nosso planeta, que tantas coisas tem para oferecer
que continuam por aí enterradas.
Inês Alves, 9ºA
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